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sábado, 1 de novembro de 2014

MEMÓRIAS DE ALFABETIZAÇÃO!

O Memorial que segue abaixo, foi uma proposta de atividade da disciplina Alfabetização I, ministrada pela docente Rosângela, teve como finalidade nos levar a recordar o processo de alfabetização pelo qual passamos, foi uma experiência ímpar, claro, as vezes precisei recorrer à lembrança da minha mãe!!! Porém são memórias importantes e decisivas na minha formação!!!




            RECORDAR É VIVER...

Vou narrar um pouco sobre a minha trajetória na fase pré escolar, que de acordo com ás afirmativas colhidas com a minha mãe, pois pouco me recordo desta fase, se iniciou a partir dos 2 anos e meio de idade. Minha mãe era professora da rede particular de ensino na cidade de Jitaúna-BA onde residíamos na época, lecionava uma turminha de alfabetização e me levava para a sala do maternal como era chamado na época. Esta fase as crianças frequentam a escola para se socializarem com outras crianças.
Foi a partir dos 4 anos de idade, que iniciei de fato a vida estudantil, trabalhando melhor toda parte sensorial e coordenação motora, fase a qual a criança deveria encerrar o ano letivo reconhecendo e escrevendo as vogais, sabendo contar e escrever os numerais de 1 até 10.  E conforme os registro que a minha mãe guarda até hoje atingi o objetivo esperado já conseguia fazer o meu nome todo, acho que deve ter sido uma grande conquista, foi uma sensação boa, rever todas aquelas atividade que no início parecia apenas rabiscos e depois com o tempo, aperfeiçoando.
 Não tenho muito lembrança da minha primeira professora e do que acontecia em sala de aula, mas soube que a pró apelidada de tia por toda a turminha se chamava Fátima, contudo lembro-me que a tia era uma pessoa amável, sempre com uma voz calma nos recebia e se despedia sempre com um beijo e recordo-me também que tínhamos liberdade para brincar, pintar e desenhar,  e quando esforcei-me para fazer este relato tive a lembrança de estar na mesa sempre com um papel branco e muitos lápis de cores onde deixava a imaginação fluir.
Não lembro exatamente de como era a sala em que eu estudava. Porém consigo lembrar ainda que vagamente que as paredes da sala eram cercadas de murais figuras, painéis com vogais, consoantes e numerais, tudo com muito desenho e cor, tinha um cantinho com brinquedos as mesinhas eram pra 4 pessoas, me recordo que meu parceiros de mesa sempre eram os mesmos, Janna, Thaís(ambas primas) e Lorena e Deise, pessoas as quais tenho contato até hoje.
Minha mãe conta que nunca dei muito trabalho para fazer as tarefas de casa e ela sempre tinha a oportunidade de acompanhar e dar a sua contribuição para a minha formação já que estava em casa no turno oposto ao que eu estudava e aproveitava o momento de correção de prova e elaboração de atividades, as quais eu também arriscava a responder vez ou outra.
 Me lembro muito que eu adorava os eventos de dia do índio, festa celebrativa ao folclore, independência, adorava quando a professora solicitava que fizéssemos a “filinha” para nos pintar com tinta guache e vestir a roupa para se caracterizar. Também tinha os desfiles da primavera, outono, sem falar nos banhos de piscina na sextas-feiras que era um dia mais pra nossa diversão.
Recordo-me muito com bastante carinho das cartilhas que utilizei no meu processo de alfabetização: “Eu gosto de Ler e Escrever” e “Viver a Vida”. Lembro-me até hoje de como era as atividades, pois minha mãe seguia passo a passo as atividades da cartilha.
Fui alfabetizada por meio do método alfabético B+A= BA, L+A= LA, BA+LA= BALA. Comecei aprendendo as vogais, depois as consoantes, para então começar juntar as sílabas e depois formar palavras. Vejamos o que Santos diz a respeito a este método:
A utilização deste método tinha por finalidade levar o aluno a aprender a decodificar aos símbolos, mas não o capacitava a entender o sentido real da representação do símbolo, o que impossibilita a efetivação de suas necessidades intelectuais. (SANTOS, 2010. p. 27).
Algumas atividades das cartilhas ficaram marcadas que até hoje se faz presente na minha memória. Eram aquelas atividades que tinha as figuras e a vogal iniciante da figura ao lado, como por exemplo: A de avião, I de Ilha, U de uva, F de faca, J de jaca, G de gato dessa forma também foi com as sílabas, SA de sacola, RA de rato, CE de cenoura, TA de tapete. Sendo este último o método silábico. Não tive dificuldades em aprender as sílabas.
Apesar de hoje saber que este método de alfabetização não é e não era o mais adequado para alfabetizar, sendo caracterizado apenas na memorização, repetição das letras e sílabas, eu gostava muito de fazer.
Além dessa, gostava também de pequenos textos que tinha na cartilha, como por exemplo: “Danilo deita no tapete e come pipoca. Opa! Caiu pipoca no tapete”. Eram pequenos textos que tinha palavra com as sílabas como mostrado no exemplo acima e a e a partir daí meu pai me ensinava às sílabas: ta, te, ti, to, tu, tão.  E depois a escrever essas mesmas sílabas com letras maiúsculas. Estas atividades tornaram-se inesquecível! Esse processo todo minha mãe teve grande contribuição sempre que podia me presenteava com livros e através deles eu ia enriquecendo a minha pratica de escrita e leitura.
Nos meus primeiros anos de escola ouvia muitos contos como branca de neve e os sete anões, chapeuzinho vermelho, cinderela e outros. Sentia muito prazer em ouvir, ler e por isso me envolvia completamente ficando horas e horas lendo, vivenciando aquelas histórias.
Portanto das memórias que eu tenho, que não são muitas, do meu processo de aquisição da leitura e escrita, são memórias poucas mas significativas, que refletem no hoje, no que eu sou e no que desejo me tornar um dia. Recordar esta época da minha vida me fez pensar nos erros e acertos que cometemos, no quanto também é importante que esse período seja prazeroso e bem vivido pela criança, e no quanto é essencial esse despertar pela leitura visto que hoje, não temos um número expressivo de hábito de leitura em nossa sociedade.


Essa é a cartilha que fui alfabetizada 



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